terça-feira, 27 de julho de 2010

Invenção do coração de mulher.



Nem sei, aliás, se cheguei a estar apaixonado por Norma Propp. Afinal, o que é que significa isso? Quem não sabe, no fundo, amor é invenção do coração da mulher, que ela tenta vender para o primeiro que aparecer e o seguinte, e o seguinte, e o seguinte, e assim por diante até aquela cena de sangue num bar da Avenida São João, que só vem para provar, de uma vez por todas, que alguém e ninguém não são iguais, e dali saem para lamber o sangue de suas patas, meditando a próxima vingança. No fundo, toda diferença é insuportável. O ímpar do professor Propp, a gente quer tudo par.

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