a loucura, quem sabe, caíra como chuva
ou como uma bigorna em cima dos sonhos empilhados
perturbando o sono como cantilena de ladainhas
suspiros de lástimas em meio à canções desencontradas
e ela arrancou cabelos
enumerou pratos
copos em cacos agarrados aos dedos
treinando a vista
para ver até onde tudo sangrava
e ela ouviu música
cerrou cortinas
desejou massacres
jogou a solidão dentro da taça
e bebeu
e efervesceu o grito como antiácido intragável
atirou contra a noite de extinções e extermínios
a calma, quem sabe, tirou férias para morrer
ou como uma canção engasgada
mão no rosto na hora da foto batida
na despedida no meio da noite
em meio a acenos e mais acenos de adeus
treinando para o nunca
e ela amassou cigarros
girou no delírio de sobrevivências tardias
e sonhou
li aqui ó: http://pontispopuli.blogspot.com/
Coitada da calma...
ResponderExcluir